Durante anos, as certificações ISO foram vistas sobretudo como sistemas documentais, processos formais e requisitos técnicos a cumprir.
Mas a realidade de 2026 mostra uma mudança profunda: a eficácia dos sistemas de gestão depende cada vez mais das pessoas, não apenas das normas.
A transformação tecnológica e a pressão por sustentabilidade são importantes, mas sem cultura, liderança e envolvimento humano, nenhum sistema de gestão se mantém, se desenvolve ou cria valor real.
Este é o terceiro pilar das tendências de 2026 e, talvez, o mais subestimado.
Uma mudança de paradigma: a qualidade é humana
A evolução das normas ISO nos últimos anos tornou claro que:
- Liderança não é apenas nome: é responsabilidade ativa.
- Equipas não são apenas recursos: são agentes de melhoria.
- Cultura não é abstrata: é mensurável, auditável e decisiva.
- Competências não são opcionais: fazem parte dos requisitos normativos.
A certificação deixa de ser “o que fazemos” e passa a ser “como pensamos e como nos comportamos enquanto organização”.
As auditorias de 2026 estarão mais atentas do que nunca à forma como as pessoas compreendem, vivem e aplicam o sistema de gestão.
Documentos podem ser criados.
Cultura só se constrói com prática.
As grandes tendências culturais na certificação para 2026
Liderança ativa e visível
As normas ISO, especialmente a ISO 9001, ISO 14001 e ISO 45001, reforçam o papel da liderança:
- tomada de decisão baseada em evidências,
- foco no cliente e nas partes interessadas,
- alinhamento estratégico com os objetivos do sistema de gestão,
- promoção de uma cultura de melhoria contínua.
A liderança deixou de “delegar o sistema”, agora tem de o integrar na gestão.
Competências e formação contínua como pilares da certificação
As equipas precisam compreender:
- os processos;
- os riscos;
- os requisitos;
- as suas responsabilidades;
- e o impacto das suas decisões.
Por isso, em 2026:
- a formação será mais frequente;
- mais prática;
- mais orientada para competências;
- e mais alinhada com a estratégia da empresa.
Não basta saber “como fazer”, é preciso saber porquê.
“A eficácia dos sistemas de gestão depende cada vez mais das pessoas, não apenas das normas.”
Cultura organizacional auditável
A cultura deixou de ser subjetiva e, atualmente, os Auditores verificam:
- se as equipas compreendem a política,
- se os objetivos são conhecidos,
- se existe comunicação interna eficaz,
- se há participação ativa nos sistemas,
- se a organização vive os princípios das normas.
Uma cultura fraca é hoje uma não conformidade potencial.
Envolvimento dos colaboradores como motor da melhoria contínua
As normas ISO exigem evidências de:
- participação;
- sugestões de melhoria;
- reporte de incidentes;
- colaboração entre equipas;
- aprendizagem organizacional.
Empresas com sistemas de gestão eficazes monitorizam:
- indicadores humanos;
- clima organizacional;
- retenção de talento;
- engagement e motivação.
As melhores empresas percebem que qualidade começa no comportamento das pessoas, não nos documentos.
A cultura da responsabilidade: ética, transparência e propósito
Tendências globais reforçam que:
- ESG;
- responsabilidade social;
- anticorrupção;
- privacidade;
- diversidade e inclusão;
- impacto social;
passam a ser parte da identidade organizacional e muitos destes temas já estão ligados a normas como:
- ISO 37001 – Anticorrupção
- ISO 26000 – Responsabilidade Social
- ISO 27701 – Privacidade (extensão da ISO 27001)
A cultura é a base de tudo isto.
- IA e cultura: o equilíbrio entre tecnologia e humanidade
Com normas emergentes como a ISO 42001 – Gestão da IA, as empresas terão de demonstrar:
- que utilizam IA de forma ética;
- que existe supervisão humana;
- que há controlo de enviesamentos;
- que a cultura interna respeita critérios de segurança e transparência.
A tecnologia é poderosa, mas a cultura orienta a forma como é usada.
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O que estas tendências significam para as empresas?
Organizações que tratam a certificação como “papelada” serão penalizadas.
As que tratam como cultura organizacional serão recompensadas.
Em 2026, destacar-se-ão as empresas que:
- investirem em pessoas;
- fortalecerem competências;
- cultivarem comunicação interna eficaz;
- ligarem processos ao propósito;
- promoverem segurança psicológica;
- atuarem com ética e responsabilidade.
A cultura passa a ser uma vantagem competitiva e um diferenciador de confiança.
Como a Vexillum ajuda a desenvolver cultura de certificação
A Vexillum apoia organizações a transformar sistemas de gestão em sistemas vivos, sustentados por pessoas e alinhados com a estratégia.
Os nossos serviços incluem:
- Formação e capacitação de equipas
Workshops, sessões práticas, formação contínua e programas à medida.
- Desenvolvimento de cultura de qualidade, ambiente e segurança
Projetos internos que envolvem equipas, líderes e comunicação interna.
- Diagnóstico cultural
Análise de maturidade, gaps de envolvimento e eficácia do sistema.
- Integração entre tecnologia e cultura
Apoio na adoção de ferramentas digitais que facilitam a participação ativa das equipas.
- Preparação para auditorias com foco humano
Treino, roleplay, comunicação, alinhamento interno e reforço das competências auditáveis.
A certificação é técnica.
A excelência é humana.
A Vexillum ajuda as equipas a viver a qualidade, não apenas a cumpri-la.


